domingo, 8 de maio de 2011

LEI DE HOOKE

Coeficiente de elasticidade - Lei de Hooke




1 - Conceitos relacionados




Elasticidade, constante elástica, coeficiente de elasticidade, histerese elástica, deformação elástica, lei de Hooke, módulo de Young.




2 – Objetivos




Compreender conceitos relacionados à elasticidade dos materiais; Verificar experimentalmente a lei de Hooke em molas helicoidais.




3 - Método utilizado




O alongamento de molas helicoidais e elásticos é obtido com a aplicação de uma força deformadora, utilizando massas aferidas.




4 - Equipamentos




1 suporte universal em forma de “Y”
1 haste metálica de 70 cm
2 haste metálica de 15 cm
2 mufas com ângulo de 90 o
1 régua de 40 cm (com furo)
2 molas helicoidais
1 jogo de massas aferidas
1 tira de borracha




5 - Fundamentos Teóricos



Quando forças externas atuam em um corpo sólido, a deformação resultante do corpo depende
tanto da extensão no material, da direção e o tipo de força aplicada. O material é chamado de elástico quando recupera a sua forma original, após a remoção da força externa aplicada sobre ele.




5.1 – Lei de Hooke




A mola helicoidal é um exemplo simples de um corpo material elástico, apresentando uma
deformação Δl muito grande a partir de seu comprimento de equilíbrio l0, quando sujeita a uma
força deformadora. A elongação (ou contração) Δl da mola apresenta uma dependência linear entre com a força aplicada. A força restauradora FR, exercida pela mola (que se opõe à força externa F) é proporcional à sua deformação linear Δl:




F k l R = − .Δ (1)




Esta relação é conhecida como a lei de Hooke, sendo a constante de proporcionalidade k chamada de constante elástica da mola, que é um parâmetro característico da mola helicoidal.




A ação de tração e compressão da mola helicoidal resulta em uma tensão de cisalhamento no
fio de aço. A deformação da mola é proporcional à tensão aplicada (1), sendo a constante de
proporcionalidade k uma característica da mola.



A tensão de cisalhamento no fio de aço da mola é uma tensão aplicada na direção transversal ao fio de aço. A relação entre a constante elástica devida a deformação longitudinal da mola e o módulo de elasticidade transversal μ (módulo de rigidez) do fio de aço é descrito pela relação:



K =4 N R3/μ r4

Sendo N o número de espiras, R o raio da mola, e r o raio do fio de aço da mola.




5.2 – Módulo de Young




A proporcionalidade entre a força restauradora e a elongação é válida para todos os outros materiais que estão em um estado de equilíbrio estável, no qual a energia potencial da força entre moléculas é aproximadamente parabólica ao redor de um ponto estável de equilíbrio.



Tomando como exemplo uma barra ou arame de um determinado material de comprimento l0 e seção transversal de corte A, para a qual é aplicada uma força deformadora de tração F, a lei de Hooke é expressa por:


Δ l / l0 = α ⋅ F / A




ε =α ⋅σ



Sendo α o coeficiente de elasticidade longitudinal (módulo de Young) do material da barra, 0 ε = Δl l a elongação relativa da barra, e σ = F A é a tensão aplicada sobre a barra.


A relação de proporcionalidade (3) só é válida até uma tensão de limite característica. Um diagrama esquemático da dependência da elongação em função da tensão aplicada em um arame de metal.

O limite de proporcionalidade (σP) geralmente se mantém abaixo do limite elástico (σE) sobre o qual a forma do corpo sólido apresenta mudança permanentemente de forma, devido aos rearranjos moleculares no interior do material. Neste intervalo de tensão o material é classificado como é plástico (pode sofrer deformações). Se a força deformadora excede o limite de solidez (σB), o material sólido começa a fluir, acontecendo a ruptura do corpo.



5.2 – Histerese elástica



Alguns materiais não seguem a lei de Hooke, mesmo submetidos às forças deformadoras pequenas.

A curva com quadrados vazados descreve o aumento gradativo da tensão, fazendo o caminho do
ponto O e até o ponto A. A curva com triângulos cheios apresenta a curva com a redução gradual da tensão, fazendo o caminho entre ponto A e ponto B.



A curva tracejada descreve o comportamento esperado de acordo com a lei de Hooke. A
dependência da elongação do elástico fazendo o caminho O-A e o caminho B-A não apresentam um comportamento linear, ou seja, não estão de acordo com a lei de Hooke. O grau de alongamento depende da história prévia da faixa de borracha. Na curva característica da faixa de borracha, o caminho OA (aumento gradual de tensão) não coincide com caminho AB (alívio gradual de tensão). Este comportamento é bem diferente observado em uma mola helicoidal, com forças aplicadas dentro do limite de elasticidade. O fenômeno observado na faixa deborracha é chamado de histerese elástica. Se a mesma faixa de borracha for forçada novamente, o alongamento Δl será agora significativamente maior que o obtido no caso de uma faixa de borracha nova.


A curva de histerese tem duas causas, primeiro, só parte da deformação devolve a forma original momentaneamente ao elástico, enquanto que o resto da deformação reverterá à forma após um período de várias horas. Este processo reversível é chamado pósefeito elástico, e nele o material reage viscoel asticamente.



Em segundo, uma vez excedido o limite elástico, os rearranjos interiores que acontecem
dentro do material resultam em mudanças permanentes da forma. Este processo é irreversível,
porque o trabalho realizado é convertido em calor.


6 - Montagem e procedimento experimental



Prática 1 – Mola helicoidal suave
1. Montar a mola helicoidal no suporte universal de
acordo com o diagrama apresentado na Figura 4;
2. Ajustar o valor de zero da escala de medida com
um ponto de referência na mola;
3. Acrescentar uma massa de valor conhecido no
porta massa e medir a elongação Δl da tira,
utilizando o procedimento descrito na Figura 1;
4. Repetir o procedimento anterior para 10 valores
de massa e elongação da mola;
5. Organizar os valores medidos em uma tabela, com colunas para o índice da medida,
o valor da massa e seu erro, o valor da elongação
e seu erro;

Prática 2 – Mola helicoidal rígida
1. Montar a mola helicoidal no suporte universal de
acordo com o diagrama apresentado na Figura 4;
2. Ajustar o valor de zero da escala de medida com
um ponto de referência na mola;
3. Acrescentar uma massa de valor conhecido no
porta massa e medir a elongação Δl da mola,
utilizando o procedimento descrito na Figura 1;
4. Repetir o procedimento anterior para 10 valores
de massa e elongação da mola;
5. Organizar os valores medidos em uma tabela
, com colunas para o índice da medida,
o valor da massa e seu erro, o valor da elongação
e seu erro;



Prática 3 – Tira de borracha
1. Montar a tira de borracha no suporte universal de
acordo com o diagrama apresentado na Figura 4;
2. Ajustar o valor de zero da escala de medida com
um ponto de referência na tira de borracha;
3. Acrescentar uma massa de valor conhecido no
porta massa e medir a elongação Δl da tira,
utilizando o procedimento descrito na Figura 1;
4. Repetir o procedimento anterior para 10 valores
de massa e elongação da mola;
5. Remover as massa, uma de cada vez, e medir a
elongação Δl da tira, utilizando o procedimento
descrito na Figura 1;
6. Organizar os valores medidos em uma tabela
, com colunas para o índice da
medida, o valor da massa e seu erro, o valor da
elongação E+ com o aumento da força e seu erro,
e o valor da elongação E- com a redução da força
e seu erro;



7 – Análise


1. A partir da Prática 1, construir a Tabela;
2. Acrescentar na Tabela, uma coluna para a força
de deformação F aplicada à mola e outra coluna
para a força restauradora FR;
3. Calcular a força de deformação em cada
elongação (F = m.g) e seu erro;
4. Calcular a força restauradora em cada elongação
e seu erro;
5. Qual é a diferença entre a força de deformação e
força restauradora associadas a esta Prática;
6. A partir da Tabela I, construir um gráfico de
F(Δl) (Gráfico 1) para a dependência da força
restauradora FR em função da elongação Δl da
mola, colocando o desvio de cada ponto na barra
de erro;
7. Ajustar os pontos experimentais com uma função
apropriada;
8. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor
da constante elástica da mola, considerando a
relação (1);
9. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
transversal do fio de aço a partir da relação (2);
10. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
longitudinal da mola, de acordo com a equação
(3). Este resultado de tem significado físico?
11. A partir da Prática 2, construir a Tabela II;
12. Acrescentar na Tabela II, uma coluna para a
força de deformação F aplicada à mola e outra
para a força restauradora FR;
13. Calcular a força de deformação em cada
elongação (F = m.g) e seu erro;
14. Calcular a força restauradora em cada elongação
e seu erro;
15. A partir da Tabela II, construir um gráfico de
F(Δl) (Gráfico 2) para a dependência da força
restauradora FR em função da elongação Δl da
mola, colocando o desvio de cada ponto na barra
de erro;
16. Ajustar os pontos experimentais com uma função
apropriada;
17. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor
da constante elástica da mola;
18. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
transversal do fio de aço a partir da relação (2);
19. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
longitudinal da mola, de acordo com a equação
(3). Este resultado de tem significado físico?
20. Avalie a elasticidade das duas molas em
comparando os valores da constante elástica e do
coeficiente de elasticidade transversal;
21. A partir da Prática 3, construir a Tabela III;
22. Acrescentar na Tabela III, uma coluna para a
força restauradora F+R, e outra coluna para a
força restauradora F-R;
23. Calcular a força restauradora em cada elongação
e seu erro;
24. Calcular a força restauradora F+R e F-R em cada
elongação e seu erro;
25. A partir da Tabela III, construir um gráfico de
F(Δl) (Gráfico 3) para a dependência da força
restauradora FR em função da elongação Δl do
elástico, colocando o desvio de cada ponto na
barra de erro;
26. Ajustar os pontos experimentais com uma função
apropriada;
27. A partir dos coeficientes de ajuste, obter o valor
da constante elástica do elástico;
28. Fazer o cálculo do coeficiente de elasticidade
longitudinal do elástico, de acordo com a
equação (3). Este resultado de tem significado
físico?









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A lei de Hooke consiste basicamente na consideração de que uma mola possui uma constante elástica k. Esta constante é obedecida até um certo limite, onde a deformação da mola em questão se torna permanente. Dentro do limite onde a lei de Hooke é válida, a mola pode ser comprimida ou elongada, retornando a uma mesma posição de equilíbrio.

Analiticamente, a lei de Hooke é dada pela equação:

F = -k.x

Neste caso, temos uma constante de proporcionalidade k e a variável independente x. A partir da equação pode se concluir que a força é negativa, ou seja, oposta a força aplicada. Segue que, quanto maior a elongação, maior é a intensidade desta força, oposta a força aplicada.



A lei de Hooke foi formulada em 1678 pelo cientista inglês Robert Hooke.
Esta lei diz que o alongamento experimentado por um material elástico (ao ser submetido à ação de uma força deformadora) é diretamente proporcional à força deformadora sempre que a referida força não ultrapasse determinado limite, designado de limite de elasticidade, o qual depende do material em questão.
O alongamento de material elástico representa-se por Dl e não constitui o comprimento do material elástico, mas sim a diferença entre o seu comprimento final e o seu comprimento inicial.
A lei de Hooke pode ser expressa mediante a fórmula: Dl = (F ´ l) / (A ´ E), onde Dl representa o alongamento experimentado, F a força aplicada, l o comprimento do material elástico e A a área da secção transversal e E o designado módulo de elasticidade ou módulo de Young.
Normalmente, a expressão matemática apresentada tem um aspeto diferente, pela introdução de duas novas grandezas. Em vez da força F utiliza-se a grandeza que se obtém quando se divide a força pela área da superfície sobre a qual atua (A). À expressão da força pela área chama-se tensão e representa-se pela letra s: s = F/A. Em vez do alongamento Dl, utiliza-se o alongamento relativo, que se obtém dividindo o alongamento pelo comprimento do material elástico. Esta variação relativa do alongamento denomina-se por dilatação e representa-se pela letra e: e = Dl/l.
Logo a expressão matemática anterior toma a fórmula mais simples: s = E ´ e.
Desta forma a tensão que se aplica é diretamente proporcional à dilatação desejada, sendo o módulo de elasticidade (E) a constante de proporcionalidade.
Quanto maior é o módulo de elasticidade, maiores tensões são necessárias para se alcançar a mesma dilatação. Por exemplo, o ferro possui um valor de módulo de elasticidade muito grande, enquanto que o da borracha é muito menor.











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Note que as linhas em vermelho são as linhas que representam a força aplicada. Para a elongação da mola, ela é positiva, enquanto que para a compressão da mola, ao longo do sentido negativo do eixo x, esta força assume valores negativos. Já a força de reação oferecida pela mola assume valores negativos para a elongação e valores positivos para a compressão. Isso é muito fácil de observar cotidianamente. É só colocar uma mola presa a um suporte, de modo que possa ser elongada ou comprimida na horizontal.



Note que quando é aplicada uma força no sentido positivo do eixo x, a mola reagirá aplicando uma força de igual intensidade, porém sentido contrário. No caso da compressão, a força aplicada é negativa, e a força de reação acaba por ser positiva, sempre contrária à força aplicada.


FONTE: http://www.infopedia.pt/$lei-de-hooke
FONTE: http://www.uel.br/cce/fisica/docentes/dari/d3_atividade8_23566021.pdf

DIAGRAMA DE FERRO E CARBONO

DIAGRAMA DE FERRO E CARBONO

















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DIAGRAMA FERRO CARBONO






Os diagramas de fase ou diagramas de equilíbrio como também são denominados têm como
finalidade mostrar alterações de estado físico e de estrutura que sofrem as ligas metálicas, em
decorrência de aquecimentos ou resfriamentos lentos.




O diagrama de fases Ferro-Carbono é obviamente o diagrama mais estudado entre todas as
ligas metálicas presentes na atualidade, fato facilmente explicado já que os aços carbono, além de serem os materiais metálicos mais utilizados pelo homem, apresentam variadas e interessantes transformações no estado sólido.




O estudo do diagrama de fases permite-nos compreender porque variações do teor de carbono
nos aços resultam na obtenção de diferentes propriedades, e dessa maneira, possibilitam a
fabricação de aços de acordo com propriedades desejadas.

O diagrama Fe-C mostrado acima não é um diagrama completo, já que são mostradas somente
concentrações de carbono inferiores a 6,67%, porcentagem de carbono da cementita (Fe3C). Do
diagrama podemos destacar:




Campo ferrítico (fase α) – Campo correspondente à solução sólida de carbono no ferro α, nesse
campo a estrutura atômica é cúbica de corpo centrado.




Campo austenítico (fase γ) – Campo correspondente à solução sólida de carbono no ferro γ, nesse campo a estrutura atômica é cúbica de face centrada. Essa fase tem solubilidade máxima de carbono de 2,06% à 1147°C.




Cementita (Fe3C) – Microconstituinte composto de ferro e carbono. Esse carboneto apresenta
elevada dureza, estrutura atômica ortorrômbica e 6,7% de carbono.




Ponto eutetóide – Ponto correspondente à composição de carbono de 0,8%. Ligas dessa
composição, elevadas até o campo austenítico (fase γ) e em seguida resfriadas lentamente,
atravessam a reação eutetóide, reação onde a austenita transforma-se em perlita, microestrutura
constituída de lamelas de cementita (Fe3C) envoltas em uma matriz ferrítica (fase α).




Ponto eutético – Ponto correspondente à composição de carbono de 4,3%. Trata-se do ponto de
mais baixa temperatura de fusão ou solidificação, 1147°C. Ligas dessa composição são
denominadas ligas eutéticas.




O diagrama pode ser dividido em duas faixas de porcentagem de carbono, a faixa
correspondente aos aços, de 0,008% até 2,11% de C, e a faixa correspondente aos ferros fundidos, com porcentagens de carbono acima de 2,11%. Os aços com porcentagem de carbono acima de 0,8% (composição eutetóide) são denominados aços hipereutetóides, enquanto que os aços com porcentagem de carbono inferior a 0,8% são denominados aços hipoeutetóides. Analogamente, os ferros fundidos com porcentagem de carbono acima de 4,3% (composição eutética) são denominados ferros fundidos hipereutéticos, e os ferros fundidos com porcentagem de carbono inferior a 4,3% são denominados ferros fundidos hipoeutéticos.




Os aços carbono podem ainda ser divididos em três grupos distintos, classificados em função do
teor de carbono presente. São eles:



􀂃 Aços de baixo teor de carbono, com % de C inferior a 0,2%;
􀂃 Aços de médio teor de carbono, com % de C entre 0,2% e 0,5%;
􀂃 Aços de alto teor de carbono, com % de C superior a 0,5%.




Deve-se ressaltar que o diagrama Fe-C é um diagrama dependente somente da temperatura e
da porcentagem de carbono, e as transformações microestruturais que ocorrem sob aquecimento e resfriamento lentos são transformações ditas de equilíbrio. Para transformações rápidas o suficiente a ponto de evitar as transformações de equilíbrio estuda-se um diagrama distinto, o diagrama TTT


FONTE: www.durferrit.com.br